9 de fevereiro de 2011

Alimentação na gravidez: o passo-a-passo de uma nutrição saudável

Não precisa ser nenhum sábio para imaginar o quão importante é o papel da alimentação na gestação. Assim que a mulher engravida, o organismo começa um processo de ajuste para providenciar condições favoráveis para a vida do feto e para a manutenção da saúde da gestante.

Durante anos de estudos sobre a gestação nos seres humanos, foi demonstrado através de testes laboratoriais que dietas deficientes causam efeitos prejudiciais tanto à mãe quanto ao feto. Além disso, a má nutrição materna pode ser uma causa de deficiência no crescimento do feto, que pode resultar em bebês pequenos e de baixo peso.

Aquela idéia de que a mulher grávida deve se alimentar por dois também já foi derrubada. O ideal é que a gestante coma pensando na qualidade de sua dieta, e não na quantidade. Dentre os principais “ingredientes mágicos” que não podem faltar na dieta da gestante estão: energia – médicos sugerem um adicional de 300Kcal por dia no período da gestação; proteína - para suportar a síntese dos tecidos da mãe e do feto; e vitaminas e minerais - principalmente ácido fólico, ácido ascórbico, vitaminas B6, A, D, E, K, cálcio, fósforo, ferro, zinco, cobre, sódio, magnésio, flúor e iodo.

“Para suprir as necessidades da gestante e do feto, é extremamente importante que se tenha uma alimentação diversificada que inclui desde cereais, produtos integrais e oleaginosas, até frutas, legumes, verduras, laticínios e carnes nas quantidades recomendadas”, afirma Patrícia Alves Oliveira, médica com especialização pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.

“Mas por que tudo isso?”, você deve estar se perguntando. Os benefícios desses “ingredientes mágicos” são incontáveis. Confira alguns e veja em quais alimentos você pode encontrá-los:

Vitamina A
- Auxilia o desenvolvimento celular, crescimento ósseo e na formação do broto dentário do feto. Interfere no desenvolvimento do tecido ocular e no sistema imunológico da gestante.
- A carência de Vitamina A provoca diminuição das defesas contra infecções.
- Onde encontrar: leite e derivados, gema de ovo, fígado, frutas como laranja e mamão, couve e vegetais amarelos.

Ácido Fólico
- A carência de ácido fólico : risco de malformação fetal.
- Tem influência na produção de núcleo celular (DNA), que determina a formação do bebê. Muitos obstetras sugerem aumentar a ingestão desse nutriente assim que a mulher resolve engravidar.
- Onde encontrar: fígado e verduras de cor verde-escura, como brócolis.

Carboidrato
- Fonte de energia do organismo. Sem ele o corpo queima gorduras e proteínas, o que não é recomendável principalmente na gestação.
- A carência de carboidratos provoca fadiga excessiva.
-Onde encontrar: batata, arroz e massas, como pão e macarrão.

Ferro
- É necessário para a formação das células sanguíneas do feto. O aumento do volume sanguíneo na mãe também exige maior produção de hemoglobina, pigmento que dá a cor vermelha às células do sangue e responsável pelo carregamento do oxigênio. O ferro á matéria-prima da hemoglobina.
-A carência severa desse alimento provoca anemia materna. O ferro pode ser encontrado no fígado, carnes em geral, leguminosas como o feijão.
-Onde encontrar: feijão, espinafre e verduras em geral.

Vitaminas D e E
- Mantêm a integridade das células que transportam oxigênio. A vitamina D, aliada ao sol, promove a absorção de cálcio e fósforo e sua fixação nos ossos e dentes.
- A carência severa pode levar raquitismo na gestante e alteração óssea no bebê.
- É encontrada nos laticínios, fígado e gema sendo ricos em ambas. A vitamina E está também no milho, aveia, feijão e verduras.

Vitamina C
- Fundamental para a formação do colágeno, que compõe pele, vasos sanguíneos, ossos e cartilagem. Aumenta a absorção do ferro e fortalece o sistema imunológico.
- A carência de vitamina C provoca o enfraquecimento das defesas imunológicas da mãe e fragilização do tecido vascular.
-Onde encontrar: frutas cítricas, banana, manga, caju, rabanete, tomate, pimentão e verduras.

Niacina (Do complexo B)
- Estimula o desenvolvimento cerebral do feto. Tem a propriedade de transformar glicose (açúcar) em energia, mantendo a vitalidade das células maternas e fetais.
- A carência de niacina pode causar diarréia, dermatite e intenso nervosismo na gestante.
- Onde encontrar: verduras, legumes, gema de ovo, leveduras (só em cápsulas), carne magra, leite e derivados.

Cálcio e Fósforo
- Participam da formação dos brotos dentários e do esqueleto fetal. O cálcio também atua no processo de coagulação.
- A carência severa causa malformação óssea e dentária do feto. Na mãe, gengivite e cãibras.
- Encontrada no leite e derivados, gema de ovo e cereais integrais são ricos em cálcio. Carnes magras e laticínios fornecem fósforo.

Curiosidades sobre a alimentação da gestante
Durante a gestação, o consumo de azeite é altamente recomendado. “A ingestão desse azeite auxilia no desenvolvimento do feto, na composição do tecido adiposo e na produção de prolactina (leite materno). Além disso, contribui para a digestão e ameniza a acidez gástrica porque sua composição bioquímica protege o estômago e facilita o funcionamento da visícula biliar, além de promover a absorção de nutrientes como o cálcio, mineral indispensável para a maturação óssea”, explica Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do HCor .

O azeite de oliva é um alimento rico em vitamina E e beta-caroteno, é muito importante para o desenvolvimento cerebral do feto e o sistema cognitivo da criança e o consumo regular favorece o sistema ocular. Segundo Daniel Magnoni, as gestantes devem ingerir o azeite nas duas principais refeições diárias (almoço e jantar). “A mulher grávida têm necessidades maiores de ácidos graxos essenciais e o azeite de oliva possui grande quantidade desta substância. Durante a fase gestacional, não é indicado para as futuras mamães se privarem das gorduras, especialmente da monoinsaturada do azeite de oliva, pois são fundamentais para a absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e para a formação de membranas e células nervosas”, explica Daniel.

A dieta da mãe que amamenta
Também durante esse período há um aumento das necessidades energéticas em função do grande gasto calórico para a produção do leite. Segundo o Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a mãe que está amamentando não pode esquecer de ingerir líquidos em grandes quantidades, principalmente água (pelo menos um litro por dia), chás e sucos. O baixo consumo de líquido pode levar a uma diminuição da produção de leite.
Ainda segundo o departamento, as mães que amamentam devem evitar grandes quantidades de café, chá preto, chocolate, alimentos com corante, alimentos light e adoçantes. Além disso, elas não podem exagerar em temperos de odor forte, como o alho, não devem fumar e nem ingerir bebidas alcoólicas, procurar comer peixe duas a três vezes na semana, não tomar medicamentos sem orientação médica, pois algumas drogas podem ser transmitidas para o leite, não consumir frituras e pratos com molhos gordurosos, e prestar mais atenção ao consumo de sal e óleo.

Comer bem X ser magra
Não adianta negar. A maioria das mulheres, ao saber que está grávida, já começa a se preocupar com os quilos que vai ganhar, em como controlar a gula e, após o parto, em como perder todo o peso adquirido com a gravidez. Tenha calma.
Segundo a especialista Patrícia Oliveira, tudo isso é natural e, se a mulher souber se alimentar de forma adequada desde o primeiro mês de gestação, ela não terá nenhum problema com a questão de peso.

Apesar de todas essas dicas, o ideal tanto para a mulher que está pensando em ser mãe, passando pela gestante e até chegar na mãe que amamenta, é procurar a orientação de um profissional especializado para que a dieta seja direcionada da maneira correta, de acordo com necessidades nutricionais, peso atual e exame laboratoriais de cada mulher.

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Espaço da Julie *sorridente*

Espaço da Julie *sorridente*
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